segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Vivendo de fantasmas"

Me sinto mais uma vez derrotada pelas lembranças.
Sempre digo, quem procura acha, fui tirar as últimas duas pastas de fotos dela do pc entre um ctrl+c e ctrl+v, um click, não resisti e olhei todas as fotos.
Chorei perante a saudade e a minha sensação de impotência.
Enjoo, dor de cabeça e dor no peito.

"O que é meu irmão, eu sei o que te agrada e o que te dói, e o que te dói
é preciso estar tranquilo pra se olhar dentro do espelho, refletir
o que é?
seja você quem for eu te conheço muito bem, isso faz bem pra mim, isso faz bem pra vida
onde quer que vá eu vou estar também, eu vou me lembrar daquela canção que diz..."

E sabe o que mais me irrita é saber que meu pai não entende minha dor, muito menos a minha condição psicológica. É chato, incomoda, eu falo "a" e ele entende "b" mas sempre foi assim, não sei o porque que eu ainda me abalo com isso. Deve ser pela necessidade da maldita compreensão de tudo que me envolve seguido disso a aceitação. Ele sempre vê problema em tudo, qualquer coisa que alguém fale vai dar errado, em todas as situações ele acha algo pra dar errado. Isso desanima sabe, vejo o meu próprio eu nele.
Uma pessoa muito familiar e ao mesmo tempo um estranho do qual eu não quero chegar nem perto.
Eu sei que posso contar com ele pra tudo, mas do que me adianta se no assunto mais importante ele não intende, ou seja, ele não me intende.

Ele disse que eu vivo de fantasmas.

Se ele está se referindo à o ultimo acontecimento trágico, isso ainda não é um fantasma, foi ontem tá no meu passado-presente-continuo, vai levar algum tempo pra eu ficar 100% e discordo se ele estiver se referindo à fantasmas em relação  a isso. E se não for sobre isso, os únicos fantasmas, são aqueles "problemas" pessoais e familiares dos quais eu já disse aqui que eu não quero comentar, não que eu queira fugir disso, mas já foi comentado o bastante na minha psicóloga e acho melhor tentar esquecer.
Se tem algum fantasma que eu vivo são sob as sombras do passado que se referem a minha base familiar.
O limite entre a emoção e a razão e grande, mas é como se fosse segurado por um barbante desgastado.
As vezes os pensamentos de chutar o balde tendem a querer sussurrar ideias, das quais eu não quero pensar. Não quero me dar essa possibilidade.
To com ideias que voltam totalmente pro outro lado, pro meu outro lado.
Não quero assombrações perto ou fazendo parte de mim.
Não preciso de palavras negativas muito menos das argumentações que me deixam pra baixo.
Esse tipo de coisa eu já tive demais.
Quero apenas que me deixem tentar ser feliz em paz, do jeito que por hora eu consigo fazer.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Orgulho.

Quando alguém me fazia a pergunta: "Que coisas tu pretende para o teu futuro?"
Eu sempre respondia: "Eu não sei, eu só quero é ser feliz, não me imagino tendo uma vida de luxo nem sendo uma empresária de sucesso, eu só quero é felicidade embora eu não saiba ainda o caminho para isso.
No ano passado, meu mundo era preto, não tinha branco, nem colorido.
Hoje descobri um mundo cheio de cores, eu me descobri. Hoje posso ver e sentir um monte de cores, essas cores compõe o meu significado pra vida. Eu finalmente me sinto viva.
Estou numa felicidade enorme de pode dizer: Eu tenho orgulho de mim.
Eu já passei por tanta merda na vida, que hoje eu sei o valor que ela tem.
Pra alguns pode parecer besteira, descobrir o valor da vida, mas pra mim é uma novidade, e que novidade bem boa! Eu posso sentir isso!
Hoje o "ser feliz" tem um rumo, eu tenho um rumo, a minha felicidade é poder ajudar os outros.
Hoje decidi coisas importantes, vou fazer psicologia. Não pra me ajudar (eu pago a minha psicóloga para isso) mas sim pra poder ajudar os outros, junto ao meu projeto.
Descobri que sou forte e que todas as boas ideias que ficavam dentro de mim, hoje podem se tornar realidades.
Eu tenho orgulho de viver.

sábado, 11 de junho de 2011

Andando nas nuvens.

Bom, eu já havia comentado aqui que eu estava atrás de algum grupo onde eu pudesse me encaixar para fazer palestras sobre depressão, suicídio e também para diminuir o preconceito contra tratamento psicológico, remédios psicotrópicos e afins.
Mandei e-mail explicando resumidamente tudo o que havia acontecido nos últimos tempos, e citei algumas das mudanças que haviam acontecido na minha vida. Enviei uma mensagem para a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e para minha surpresa, no outro dia eles entraram em contato comigo pelo telefone.
Saí correndo pela casa, dando pulos de alegria pois antes eu estava cheia de ideias mas ainda não tinha conseguido coloca-las em prática.
Isso que aconteceu foi de uma extrema importância pra mim, alguém me deu ouvidos! E o melhor ainda era ter sido ouvida por por pessoas que já fazem um trabalho excelente, reconhecido e super conceituado.
Marquei uma reunião para ontem, cheguei lá e o rapaz que estava próximo da porta me recebeu com sorriso e um abraço extremamente amigável, me deixando super a vontade.
A energia da casa da Fundação é algo inexplicável, só ao entrar lá tu já se sente bem, ainda mais com pessoas que estão ali para multiplicar a valorização da vida.
Cheguei as 14 e sai de lá pelas 16 horas, conversei um monte e fui apresentada à Diza, mãe do Thiago, até ela leu o meu e-mail e disse que eles estariam ali pra me ajudar no que fosse preciso.
Alguém tem noção da importância disso pra mim?
Foi tudo muito bom, todas as pessoas que eu conheci lá são maravilhosas, sai de lá me sentindo como se eu estivesse andando nas nuvens, afinal o que era apenas uma ideia estava se tornando mais próximo de um projeto concreto.
Pretendo me oferecer como voluntária lá, assim eu já iria me sentir mais satisfeita, estar ajudando as pessoas com a ideia proposta pela Fundação faria com que eu me sentisse útil e realizada. É como juntar a fome com a vontade de comer.
E claro, vou atrás das coisas para realizar o meu projeto.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Louca Realidade

Notei que hoje eu acordei estranha.
É apenas estranha.
Não me senti muito bem, mas não era a dor por ter tirado os cisos, algo estava estranho mesmo e era dentro de mim.
Ao retomar a minha leitura diária do lívro do Luiz Humberto Leite, me deparo com uma situação semelhante, ele relatou que uma forma de se manter "lúcido" na realidade era escrever. Repensei sobre isso e realmente acho que consegui manter a sanidade com a ajuda deste blog.
Ontem uma amiga minha disse: "já é Junho!" e eu pensei: Meu Deus! Ontem era Fevereiro e hoje é Junho, onde foi que eu parei?
Entrei em pane por alguns segundos.. comecei a me questionar se eu realmente havia conhecido uma pessoa, se havia namorado com ela, se ela realmente havia se matado.. eu já nem sabia mais onde eu andava, me perdi sozinha por algum tempo, já não sabia se todas as coisas que eu havia passado até agora eram reais.
Me questionei de tudo, desde as coisas boas até as ruins e óbvio me perguntei se eu existia.
Uma vez eu comentei isso com a minha ex, falei pra ela que ela poderia ser algo fruto da minha mente e me responder que tudo existia por ela ser fruto da minha mente, e não por ser verdade.
Complicado não? Hoje me questionei sobre as mesmas coisas.
Então me apeguei no que eu já havia escrito, sim é verdade, sim aconteceu.
E desde Fevereiro até agora minha vida não passou como um enorme vazio, aconteceram coisas horríveis e aconteceram coisas maravilhosas.
Notei que eu estava com um receio de ir na psicóloga amanhã.
Após muito pensar, acho que eu não queria escutar que isso tudo de fato aconteceu.
Preferia ser taxada como louca, insana, mas que nada disse tivesse acontecido.
Procurei até no google o nome dela, como prova de que eu não estava louca.
Queria eu ser a louca e ter inventado tudo isso.
AH como eu queria me passar por louca.