quinta-feira, 26 de maio de 2011

Da última prateleira!

Ontem à tarde eu estava pensando...
No dia 17 de Fevereiro, ao jogar a parte superior do meu corpo dentro do carro, impedindo com que ela andasse, já que ela não queria que eu fosse junto. Logo depois em que eu falei: "EU te amo, EU me importo contigo e EU não vou deixar com que TU se machuque!" ela me disse: "Para com isso, tu esta me deixando pior"

Todos os dias eu me perguntava como eu estaria deixando ela pior, se eu estava querendo o bem dela?
E eu nunca entendi isso e vinha sofrendo bastante desde então, já que eu não encontrava nenhuma resposta para isso. Mas ontem, após muito pensar e repensar consegui mais um troféu, obtive a tão procurada resposta.

O que ela estava querendo fazer? Se matar.
Quem estava fazendo algo para impedir? Eu, só eu. A mãe e o irmão não fizeram nada a respeito, por não compreender o que estava acontecendo.
Como eu poderia deixar ela pior se eu estava querendo o bem dela? É claro, se ela queria se matar e eu estava ali literalmente lutando contra ela, segurando, fazendo tudo que eu podia para que isso não acontecesse. Eu era a única pessoa que não queria isso. Não digo que a mãe e o irmão queriam a morte dela, mas como só eu estava fazendo algo para impedir, esse seria o único motivo que estaria contra ela, ou seja contra a vontade dela se matar, fazendo com que o único pinguinho de pensamento dela durante aquele surto a complicasse para cumprir o seu objetivo.

Comentei isso com a minha psicóloga hoje e ela me deu toda razão. Tirei um peso da consciência e me senti vitoriosa mais uma vez, por ter conseguido elaborar mais uma vez algo sobre um fato tão difícil de compreender.

Na última vez em que eu falei com a mãe da minha ex, quando eu vi que ela estava se sentindo culpada eu pedi desculpas por ter culpado ela e quando eu liguei pedindo as desculpas ela disse que nunca havia se sentido culpada. Eu já tinha me arrependido naquele exato segundo e toda vez que alguém me perguntava se eu tinha alguma notícia dela, eu dizia que não e nem queria ter.
Em desespero eu me xingava todos os dias, questionando que não era possível só eu estar aprendendo algo com esse fato trágico, eu não conseguia aceitar a possibilidade da mãe dela "não estar nem aí".

Hoje mesmo na janta, meu pai me perguntou se eu sabia algo da mãe dela, respondi que não.
Cheguei em casa e meu celular tocou, nem vi de quem era o número e atendi.
Quando falei alô e surgiu aquela voz fraca e distante, quase como se fosse um sussurro eu logo soube quem era. Sim a mãe dela.

Ao invész de desligar na cara dela, como eu sempre achei que eu fosse fazer, eu fiz totalmente ao contrário, disse alô e perguntei como ela estava, ela disse que estava com o coração na mão e fazendo uma auto-questionação ela disse "sabe eu me sinto muito mal, e se eu tivesse chamado uma ambulância naquele dia que ela teve esse surto e tivesse internado ela, talvez ela estaria viva.." respondi em seguida tentando fazer com que ela compreendesse que fazer algo naquele dia não iria mudar nada, iria acontecer do mesmo jeito, mas completei dizendo que a filha dela, a minha ex, deveria ter tido uma assistência à muito tempo atrás e não só no dia. Tentei dizer que ela precisava não só de uma assistência médica mas sim também da assistência da mãe em todo o passado. Em seguida perguntei se ela havia procurado um psicólogo como eu havia indicado, ela respondeu que sim, mas que isso não estava ajudando, perguntei a frequência com que ela estava indo no psicólogo, ela respondeu de 15 em 15 dias, falei que era muito pouco, disse que ela deveria ir pelo menos 2x por semana, que assim ele conseguiria ajudar ela melhor. Perguntei também como estava o outro filho dela, ela disse que havia internado ele denovo e completou dizendo: "eu preciso lutar por ele né!"
Cara! Isso me tirou um peso sem tamanho das costas, eu odiava pensar que ela poderia não ter aprendido nada e continuar tratando o outro filho da mesma forma, correndo o risco de acontecer isto novamente.
Fiquei extremamente feliz, deu o click na cabeça dela, ela acordou pra vida, acordou para o que realmente é ser mãe. Ela finalmente conseguiu fazer algo para o filho, porque antes quem fazia, tomava todas as atitudes na família quando o bicho pegava era a filha dela. A mãe cuidava da parte financeira e filha do "bem estar" da família. Sério, isso me deixou numa alegria sem tamanho.
Descobri também, que o cachorro que eu achava que teria morrido de solidão, está bem, ou melhor ela internou o cachorro pois ele pegou pneumonia.
Ou seja, por mais que tenha acontecido esse fato tão trágico, ela finalmente estava aprendendo a tirar algo bom em meio a tanta coisa ruim e pesada.

Ainda bem que o livro gigantesco de aprendizado não caiu só na minha cabeça, caiu na dela também.

Estado de hoje: Muito, mas muito feliz e satisfeita dentro do possível perante a situação.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aceitação

Os sonhos estão me sugando, dormi com o ventilador ligado no máximo com dois cobertores, não sabia se passava frio ou calor, essa noite não foi uma boa noite de sono.
Hoje sonhei que estava sonhando que eu estava com a minha ex, ela estava viva e eu chorava muito, gritava com ela pois ela dizia que queria morrer, eu falava pra ela "porra, tu deu um tiro na tua cabeça, não ficou com nenhuma marca, nenhuma sequela, tá aqui super bem (fisicamente) e mesmo assim tu quer morrer?! Não te entendo, isso não pode ser verdade!"
Nisso eu acordo no sonho do meu sonho e alguém me liga dizendo: "Ressuscitaram ela, ela está viva, bem e falando, ela está perguntando por ti"
Eu falava que isso não poderia ser possível, que eu tinha sonhado com isso agora pouco e que não era pra fazerem este tipo de brincadeira comigo. A pessoa do telefone insistia em dizer que ela estava viva e eu à questionava falando, "isso não é verdade, eu vi ela morta, eu vi o caixão sendo enterrado, tu vai me dizer que no meio tempo da capela pro cemitério tiraram ela do caixão, levaram pro hospital, deixaram ela em coma e que reviveram ela?" a pessoa do telefone dizia: Foi exatamente isso que aconteceu.
Acordei com o despertador do celular, não sabia quem eu era, onde eu estava nem o que estava acontecendo, acordei me sentindo com ressaca mesmo sem ter bebido.
E outra situação foi em que ela estava dentro de um poço, ela tentava subir pelas paredes mas não conseguia, eu entrava no poço oferecia uma mão só que com uma mão só eu não iria conseguir tirar ela de lá, então ofereci as duas, ela falava que assim nós duas não iríamos sair dali, eu disse vamos sim. É nós saímos do poço, as duas estavam capengas, porém vivas. (que era o mais importante).
Claro que esse sonho me mostra o desejo de querer fazer com que o impossível aconteça e ao mesmo tempo me deparo com a minha incapacidade perante a situação.
No dia ofereci minha mão, meus dois braços, meu abraço e não obtive resposta.
Fiz tudo o que estava dentro do meu possível, mas sempre fica a vontade de ser algo maior, de conseguir fazer sempre mais pela pessoa.
Eu queria ter poderes para fazer coisas das quais não são reais, coisas que passariam do meu limite das coisas possíveis.
Como ser humano eu senti a necessidade de ser uma deusa e me vi apenas como uma humana, querendo ser maior e vendo todos os meus planos de futuro, idealizados junto com ela indo por água a baixo, me vi sem ter o mínimo de controle sobre a situação.
Mas como diz minha psicóloga, eu tenho que aceitar que eu fiz inúmeras vezes mais do que eu deveria, que eu fui mãe e namorada, namorada e amiga, amiga e cúmplice.
Que eu evitei que isso acontecesse antes, mas que não cabia a mim evitar este ato eternamente, já que não havia um grande comprometimento da parte dela com ela mesmo.
Não tem como ajudar alguém que nega o problema.
Fiz o que pude e mesmo não me contentando com o que eu fiz é preciso aceitar isto, infelizmente.

*IMPORTANTE: Se alguém souber algum trabalho voluntário em Porto Alegre, como: palestras, grupos, ongs, qualquer coisa referente à depressão/evitar suícidio/palestras escolares sobre o assunto me avisa!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Sonhos"

Meus sonhos tem sido estranhos ou melhor, voltaram a ser estranhos.
Antigamente meus sonhos se resumiam a matar pessoas e morrer.
Nas vezes eu, eu mesma matei, era pra me defender de algo, na vezes que era eu mas não no meu corpo, foram só pela vontade de matar, e nas vezes que morri, eu estava no papel de cada pessoa assassinada no meu sonho, dizendo melhor no meu pesadelo.
Acordava todas as noites apavorada, os sonhos sempre foram ricos em detalhes, sangue, perseguição, dor, sofrimento e sempre sentindo a dor física, alguns incluíam até investigação criminal após a morte da pessoa.
Após muito me observar cheguei a conclusão que quando esses pesadelos se tornavam muito constantes era um sinal de que eu não estava bem e que estava de novo entrando em depressão.
Nos últimos dias tenho tido sonhos que não consigo me lembrar direito, lembro de um com cinco mortes e infelizmente lembro de todos os detalhes, outra coisa muito estranha é que tenho dito lições de vida nos meus sonhos, eu sei que são várias, mas quando acordo não consigo me lembrar delas.
Tenho sonhado à uns quatro dias com a minha ex, sempre abraçando, fazendo carinho e perguntando, porque ela se matou, se ela queria mesmo isso, se ela se arrependeu ou não, qual foi o objetivo, se ela conseguiu ele e se ela esta bem assim. A única resposta que eu lembro é: "Não teve nada haver contigo"
Queria muito me lembrar das outras respostas, pois eu me pergunto sobre elas todos os dias.
Talvez seja pelo fato de ter medo das respostas que eu não consigo me lembrar.

Inúmeras vezes por dia amigos, parentes, coisas, enfim tudo que me cerca, me submete a um tipo de teste, me fazendo lembrar de algo horrível que aconteceu naqueles dias.
Ontem alguém falou sobre olho inchado, como se tivesse recebido um soco, na hora me lembrei do que aconteceu com ela, mas não consegui visualizar direito, tive que fazer um esforço involuntário para lembrar um pouco mais da cena. Achei isso bom, significa que meu cérebro esta bloqueando as imagens que me fazem sofrer.

O bizarro é que na tpm eu lembro de coisas que jamais lembrei como por exemplo: "lembra da vez em que fomos em tal lugar com tal e tal pessoa e fizemos tal coisa?" a minha resposta era sempre não, e agora eu me lembro de todas, todas as coisas mesmo que eu não lembrava e ao mesmo tempo bloqueando muita coisa boa junto com as ruins.

Bom eu precisava vir aqui, e refletir sobre essas coisas e desabafar sobre isso.
Uma espécie de terapia feita por mim, em casa.

Noite Nerd II

Noite Nerd II
Adoro!
Terminando com o estoque de ceva do final de semana.
Comentei com a minha psicóloga sobre a minha tpm de merda e sobre eu registrar o fato de querer aproveitar as coisas e as pessoas que me fazem bem.
Lindo é quando tu recebe coisas boas, fala coisas boas e a pessoa some! Adoro também!
Bom nosso jogo vai entrar em manutenção logo logo e vamos migrar de jogo.
Hoje voltei a ler o livro "uma viagem entre o céu e o inferno", acho no mínimo engraçado como os trocadilhos são semelhantes ainda mais perante as situações!
Por hora é só!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Acho digno"

Hoje definitivamente não é um bom dia.
Ansiedade e tpm a mil.
Cólica e nervosismo extremo.
E como na última tpm, eu tenho que pensar que vai passar, mesmo que isso pareça estar me matando.
Amanhã é um novo dia e eu espero muito que essa porra dessa tpm passe.
Descobri em uma pesquisa que: Mulheres bipolares sofrem muito mais na tpm!
Mas isso é uma coisa óbvia... Se nós bipolares temos oscilações de humor frequente, na tpm isso ocorre de uma forma mais intensa, é claro que iríamos nos fuder mais na tpm.
Bipolar + tpm, coisa bem linda!
Eu poderia ser só bipolar e não ter tpm.
Ter só tpm seria pedir demais.
( previ minha psicóloga dizendo: tu sempre se culpa de alguma forma, viu.. já ta dizendo que ter só a tpm seria demais, porque seria demais? ..)
Ela sempre disse que em alguma fase da minha infância eu comecei a me culpar pelas coisas, sem ter culpa.
Mas ainda não descobrimos o que é.. ela já pensou que poderia ser pela separação dos meus pais, mas isso não foi uma conclusão, nem um fato descartado.
Eu me culpo sim por todas as datas comemorativas, ter que escolher com quem ficar: na minha cabeça é quem eu vou deixar triste. Porque sempre um fica triste se eu passo com o outro.
Por mais que hoje em dia eu faça um "revezamento" eu ainda carrego aquilo da infância.. um sempre vai ficar triste por não me ter por perto. Mas ainda acho que isso não seja o motivo da "culpa eterna" ou melhor do castigo eterno.
Sempre acho que sou digna de algum punimento.
Só não sei porque diabos.
Hoje eu vim aqui pra reclamar mesmo.
Meus amigos estavam aqui em casa, mas eu prefiro não incomodar ninguém com meus resmungos.
Pago psicóloga pra isso e aqui é uma questão de necessidade de desabafo.
Também tenho que deixar registrado que mesmo sendo um dia ruim, teve coisas boas sim!
Amigos e muita risada.
E eu to querendo aproveitar mais as coisas que me fazem bem.
As pessoas que me fazem bem.
Também me acho digna disso, eu mereço coisas boas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Valer o dia"

Fui ao psiquiatra, falei sobre diminuir a medicação e voltar a tomar sertralina, então estamos diminuindo o valdoxan até acabar e no lugar vou tomar o zoloft porém pela manhã.

Nisso economizo 420 reais. Meu pai adorou a noticia hahaha e completou dizendo "ainda bem que existe a medicação". (concordo)

Tem pessoas que são contra ir ao psicólogo e tomar remédios.. digamos psiquiátricos.
Fui a minha primeira vez na psicóloga por volta dos 5 anos, época em que meus pais se separaram.
E a primeira vez que fui no psiquiatra tinha 21 anos.
Fiz um exame, onde algumas mechas do meu cabelo foram tiradas e mandadas pra análise no exterior.
Sim minha depressão é química, meu corpo não produz serotonina e endorfina suficiente.
Bom sobre a bipolaridade acredito eu, já ter uma pré disposição somada ao modo como a minha vida "aconteceu". Então me tornei instável emocionalmente.

Primeiro dia que tomei a sertralina e o remédio para tirar o cansaço, me senti drogada haha, tinha que me controlar pra não falar demais e me mexer. Inclusive minha amiga "ritinha" (apelido dado porque ela toma ritalina) disse: "ihhh hoje tu ta bemm pior do que eu, não para de falar" hahaha
Eu interrompia todo mundo! Tava insuportável, mas me diverti e me senti extremamente viva.
Metralhei a minha psicologa, nunca mais calei a boca e até ela riu, quando eu disse que eu sabia que eu tinha ficado um pouuquiiiinhoo elétrica, sacudindo os pés e mexendo os dedos hahaha.

Nosso medo (meu e do meu psiquiatra) era que eu não dormisse. Mas eu durmi feito um anjo.
Dormi cedo.. entre 2:30 e 3:30 e nesses ultimos 2 dias acordei entre 9:40 ~10:00 horas.

Como eu já disse ali em cima, ontem passei todo o dia elétrica, com dor de cabeça e sentindo enjôos. (sim, alguns remédios tem alguns efeitos colaterais até o organismo se acostumar e deixar te ter os efeitos colaterais pra ter um efeito maravilhoso.) *Tem que ter persistência!
Tomei 1/4 do ansiolítico, ta certo que eu já tava querendo demais né..eram oito da noite e eu tava saindo do restaurante do supermercado com o meu pai, ao entrar na escada rolante, olhei pro setor de chocolates e me veio uma imagem mega forte na cabeça, aqueles pezinhos tortos, o short preto, a camisa listrada, magriiinha, liiiiiinda demais, escolhendo um doce pra depois da janta.
Eu não vi isso, mas ver essa cena era uma coisa do meu dia a dia, e por segundos fiquei olhando fixo pro além.. e quando estava quase chegando no final da escada rolante, eu sorri.
E.. é claro.. coração acelerou, o peito encheu e o fato de eu apertar bem forte as mãos não ajudou a tirar a sensasão de querer rasgar o peito. Dai lembrei..tomei pouco remédio, já era hora mesmo de começar a doer. Fui passando pelos corredores do supermercado e putaquepariu, eu poderia fazer uma lista sem fim de todos os produtos que me lembram ela.
Falei mentalmente comigo mesma "ok, já jantei, agora falta cigarros e.. corre pra casa!"
Cheguei em casa, tomei o remédio e já previ, tpm vindo perigo constante, então coloquei musica no pc e fiquei jogando, assim eu foco no mundo virtual enquanto espero o real "dar uma acalmada".

Hoje, sexta feira 13, acordei com o nariz entupido e assim que sentei na cama olhei pra janela e... !
"Tu é muito mais forte do que eu e vai muito mais longe do que eu."
Mais um novo dia.. e lá vamos nós!
Tomei meus remédios e fui passear com meu cachorro, depois almocei com meu pai e deixei ele no escritório dos advogados dele.
Voltei pra casa e pude ficar totalmente à vontade, então fui tocar violão.
Peguei o violão, o cachorro e os cigarros, me deitei no terraço e toquei uma musica pra ela.
Fiquei olhando pro céu e tocando a música, eu não gosto de cantar, mas essa era preciso, depois fechei os olhos e me senti extremamente bem, fiquei feliz de ter feito isso.
E essa foi a coisa que fez valer o meu dia.


 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Miligramas"

Tenho pensado seriamente em reduzir meus remédios ou trocar pra um outro que eu já tomei uma vez.
Tenho me sentido bem comigo.. sabe.. antes eu tomava os medicamentos mas não conseguia mudar a forma de pensar. E agora que mudei totalmente a minha forma de pensar, acho eu que posso diminuir a dose ou até mesmo trocar por outro (não outros).
Meu psiquiatra falou pra eu tomar dois comprimidos do ansiolítico, to tomando um e meio, e to tranquila assim. Óbvio que saber que tenho rios do ansiolítico na gaveta me deixa tranquila, assim se a coisa apertar eu tomo um.
A coisa que eu mais tenho medo é a minha tpm. Forte essa diaba. E eu não consigo controlar nada, e o que mais me preocupa é não controlar a raiva. Auto-controle é uma coisa que definitivamente não existe na minha tpm. Quantas pessoas já matei na minha mente, quantas vezes já me matei na minha mente.
Ou um ou outro, horas querendo explodir o mundo todo, horas querendo me explodir.
Na tpm tudo vira "mais" e o mais que eu mais odeio é o mais intenso.
Pensamento vai vai vai e eu não controlo, odeio não controlar meu próprio pensamento.

Mas como as coisas tem se saído bem, vou dar a sugestão de fazer a seguinte composição: o anseolitico (que vou tentar reduzir cada vez mais), assert, wellbutrin e algum capotante para dormir. Não sei se eles podem ser misturados, mas amanhã vou ao psiquiatra e vou sugerir isto.
Fora que to cansada de comer feio um brontossauro.
Sem fome mais sempre comendo.
Essa é uma coisa que faz parte da minha ansiedade normal, a que adianta todas as coisas.
E essa ansiedade não é controlada com remédios, é o meu pensamento que tem o poder sobre ela, controlar e remodelar essa ansiedade é uma coisa que tenho que fazer com a psicóloga e não com o psiquiatra.

Amanhã verei o vou conseguir mudar na medicação e posto aqui.
To ansiosa já haha.

Agora vou cuidar da minha gripe, que ta louca pra virar sinusite como sempre.
Parece uma drag queen, chega a noite e a gripe  se transforma, Lady Sinusite.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noite Nerd

Sai com um amigo meu pra tomar uma cerveja.
Dai conversa vai conversa vem, começamos a falar do jogo no qual nos conhecemos.
CortezOnline (servidor totalmente modificado de ragnarök) o jogo é bobinho, mas é muito útil quando o assunto é "não pensar em coisas negativas".
Nos empolgamos com o assunto e decidimos fazer uma noite nerd.
Passamos na casa dele pegamos o note e viemos pra minha casa.
Nos divertimos, tomamos bastante café e jogamos.
No meio da noite tive que tomar remedinho pra ansiedade, os pensamentos ruins estavam começando a me incomodar.
Ele me mostrou um jogo, Atlantica e um outro jogo bobinho porém viciante (ratos que pegam queijo e voltam pra toca haha).
Bom pra quem perguntou que jogo eu jogo, vou fazer uma listinha.
-Gunbound (Thor Hammer) servidor clássico, primeira versão do jogo.
-GunBound (Gitz) servidor da versão WC.
-Perfect World (servidor original)
-Ragnaök (CortezOnline)
-Atlantica

É isso aí.
São 6:33 ele saiu daqui as 6 pra ir pra casa dormir um pouco e depois ir pra facul.
Tomei meus remédios a pouco tempo, e vim aqui pra não ficar pensando em merda.
Qualquer segundo que eu fico parada, a merda toda fede outra vez.
Odeio dormir a noite, mas odeio dormir quando o sol está nascendo. (vai intender né?!)

Anônimos, pra quem não quer se identificar, poderiam dar nomes fictícios ou Anônimo 1, 2 , 3.
Sei lá assim fica mais fácil eu saber quem é quem quando comenta.
Mas se não quiserem ta beleza.

Comecei escrevendo da noite pro dia.
Fui na terapia hoje, ou melhor ontem.
Eu entrei ali precisando falar somente uma coisa.
E foi a única que eu não disse.
Falei das minhas tentativas de andar na rua sozinha.
É, eu me sinto vulnerável a desastres.
Primeira tentativa foi: Ir comer no restaurante Chinês e voltar a pé pra casa.
Deu certo, foi rápido e eu não morri subindo a lomba.
Segunda tentativa: A duas semanas que eu me programo pra voltar a andar de skate, e ir pra psicologa de skate. (essa eu ainda não consegui, meu pai me oferece carona e eu simplesmente digo sim)
Então já que eu não consegui ir, pensei em voltar a pé.
Fui pensando, ok eu vou, mas qualquer coisa pego um ônibus ou um táxi.
Fui vindo escutando música e pensava comigo mesma: "opa já estou em tal lugar"
E de opa em opa eu cheguei em 40min.
Ao invés de ir pra casa, fui direto pra pista de skate.
(moro na frente da pista e ainda não criei coragem pra mostrar a minha falta de equilíbrio haha)
Então fiz o que pude: Fumei um cigarro e observei o local.
To me acostumando com um lugar que passei indo 4 anos direto, exceto nos finais de semana.
O sol ta aparecendo na minha janela, odeio isso, mesmo.
Bom ganhei o dia hoje quando conversando com a minha psicóloga ela disse:
"Tu não está em tempo de ser cobrada e muito menos de te privar de qualquer coisa que tu queira, se tu gosta e quer (sendo uma coisa que é pro teu bem) vai lá e faz." Adorei.
Nada de sono ainda.
Mas to morrendo de dor, vou deitar.
Um bom dia pra vocês.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Alguém assim"

Saímos na sexta, fomos numa festa bem legal, a minha diversão foi: ajudar 3 gurias (desconhecidas) a vomitar no banheiro, cada uma por vez é claro! Segurei cabelo.. brinco.. e tava quase colocando a mão na goela delas! Enfim, fiquei feliz por ter ajudado alguém. Hahaha até numa festa eu tenho essa necessidade.
Dei outro passinho à frente, parece pouco mas não é.. Comi Mc Donald's na sexta feira pela primeira vez, desde que aconteceu. Porque ficar alegre com isso? Simplesmente íamos no Mc todos os dias, se não era almoço era pra tomar um milk shake na madrugada, ou comer salada feito loucas.
Eu passo na frente de um Mc todos os dias, e quando eu olhava chegava a me dar um embrulho no estômago, fora toda aquela ansiedade,  nervosismo e blá blá, toda aquela merda.
E eu consegui comer! Viva! Óbvio que eu pensei: Puta que pariu, ela poderia estar aqui comendo um Mc comigo... Mas tá! Não vou mudar o passado e muito menos reviver ela, pensar sobre isso não me ajuda, não me faz bem (ponto). No fim eu comi sem me culpar e não tive nenhuma reação depois, tudo tranquilo.
Outra coisa que aconteceu de legal: Fui no mesmo lugar que eu já tinha ido com um amigo meu, dai eu cheguei perto do ouvido dele e falei: Sabe da outra vez que viemos aqui? Ele responde que sim, pois é,
eu procurava ela, procurava o olhar dela, procurava uma imagem dela, mesmo que de relance.
Ele disse: Sabe que até eu procurava.
CARA! Isso me deu um puta de um alívio. Por motivos óbvios mas eu explico igual: Primeiro porque eu não sou a única a estar sentido isso tudo de uma forma tão intensa e claro, que não estou agindo feito louca! Voltando ao "procurar ela".. eu disse pra ele que na festa anterior eu estava fazendo aquilo, mas que dessa vez eu não tava procurando. Pensando sim, mas procurando não.
E isso é uma baita de uma diferença e digamos que uma baita evolução pra mim também!

To indo 2 vezes por semana na minha psicóloga, antes eu ia uma, mas né agora tem muito mais coisa pra trabalhar. Cheguei lá contei da festa, do Mc, das minhas necessidades de ajudar alguém, contei que uma amiga teve uma filha lindíssima (ela não sabia que estava grávida) e que o nome dela é... lindo!
Contei que duas amigas minhas "me fizeram" chorar.
Uma porque o namorado dela pediu ela em noivado. Lindo, digno, maravilhoso! Mas me faz lembrar que tínhamos planos pro final desse ano e que isso não se cumpriu.
E a outra porque tem uma filha, que foi uma surpresa e dá o mesmo nome!
Eu já disse que eu não pago imposto pra chorar né?!
Então essas duas ai, me fizeram chorar.
Mas não de tristeza e sim de emoção. E claro saudades das coisas que não se cumpriram.

Comentei com a minha psicóloga que em casa eu só choro quando estou na tpm.
Mas que ali, é só eu entrar que não precisa de muito tempo pra eu estar chorando feito uma criança que perdeu o balão.
Não sei se choro lá, porque me sinto a vontade e sei que ela vai me entender, ou se é porque eu tento me passar por forte, e lá eu transpareço.
Bom, chorar faz bem disse ela. E que bom que eu tenho algum lugar onde eu possa colocar tudo isso pra  fora. Entrei no assunto dos meus medos, que catástrofes absurdas aconteçam outra vez.
Inclusive falei pra ela: Se tu morrer eu vou sentar do lado do teu túmulo e vou conversar contigo, e ai de ti se não me responder! Hahaha
Rimos e ela disse: Não me coloca no túmulo antes, eu não pretendo morrer tão cedo, e tu.. espero que tu tenha "alta" antes disso.
Posso até ter alta, mas não. Me faz bem ir lá, em março fez 8 anos.
É.. é tempo.
Sai de lá aliviada, chorei, resmunguei, ri, e claro tive a compreensão dela e os conselhos.
Queria que todos tivessem alguém assim.