sábado, 12 de março de 2011

Há dois anos atrás.

Hum..
Muitas coisas trancadas. Uma vez decidi ver o quanto eu aguentava em baixo d'agua.
A cada segundo necessário, a vontade de respirar, contra a própria limitação.
Aquela explosão. Eu preciso. Preciso respirar.
As unhas sangram. Ansiedade. Comida. Bebida. Drogas.
Rota de fuga ou diversão?
Ilusão ou destruição?
Prazer ou alto-flagelo?
Solução ou abandono?
Me sinto soterrada e o pior é que eu ainda respiro.
Corro para todos os lados, em círculos, me sinto cercada por muros.
É uma tortura.
Percebi que a mascará que eu estava usando para não deixar transparecer as coisas ruins, caiu.
Os sorrisos, as festas, não são tão alegres assim. Aqui dentro ta uma bagunça. Não sinto meus pés no chão.
Perdi muita coisa na virada do ano. Como um fogo de artifício; lindo e colorido,basta uma explosão e acaba.
Sabe, não são pensamentos e atitudes que se "adquirem" de uma hora pra outra, isso cansa e eles não passam de uma hora pra outra e muito menos cicatrizam de uma hora pra outra.
Tive paciência quando jamais pensei que teria, amei coisas que eu jamais amaria, fiz coisas que jamais faria.achei que era o correto e que se fizesse assim daria certo. Dei meu melhor. Mas como acontece com todo mundo, sempre damos o melhor que temos, mas nunca é suficiente. No meio de tantas coisas ruins eu só consigo lembrar das boas, das que me faziam sorrir, e só consigo é sentir falta e manter o sorriso falso no rosto, pra ver se me vejo alegre no espelho.

Já não pertenço mais e nada mais me pertence.
Já nem sei o que me cura ou o que me droga.
Só sei da ilusão que tento manter para ver se consigo me manter em pé e também sei que isso não irá durar muito tempo.
Até quando eu vou aguentar?

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