quarta-feira, 16 de março de 2011

Monólogo noturno.

Nunca me achei bem certa.
Tem momentos em que eu tenho orgulho da pessoa que me tornei.
Mas tem alguns segundos que roubam a cena, e as vezes não são apenas segundos, parece um filme de longa metragem correndo na minha mente.
É difícil. E nesses momentos que eu gostaria de ter um botão de desligar.
Simples assim, um botão e nada mais de sofrer.
Mas dai penso que eu tenho que superar isso, vem algo lá de dentro dizendo "é preciso".
Mas como? Enfrentando, ou seja vivendo.

Pra ter noção outro dia tentei ler O Novo Testamento. Mas puuutaquepariu na primeira página só tinha nome de gente, quatorze gerações até sei la quem,quatorze gerações até o outro e quatorze gerações até
Cristo. Tu tem noção de quantos nomes tinha nisso tudo? É eu não li mais.

E agora eu to vendo canal religioso.
Pelo menos ali não passa filmes com armas, sangue, mortes etc.

Antes de chagar ao ponto de ver esse canal ai, eu tava aqui pensando.
Antes eu tomava Topamax, ele serve pro tratamento da bipolaridade, pra pessoas que querem para de beber, fumar e até mesmo pra pessoas que estão fazendo dieta pra emagrecer.
É são muitos benefícios pra um remédio só.
Até que um dia eu descobri que a minha falta de memória não era lezeira, era do remédio.
Como disse minha psicóloga, "alguns pacientes chamam ele de remédio do esquecimento".

Tá ai!
Seria possível uma combinação de remédios pra fazer certas cenas virarem flashs?
Tá.. eu sei.. "nem sempre o caminho mais fácil é melhor que o da dor"
Mas bemm que podia né.
Porque o calmante que segundo a psiquiatra lá me receitou.. era pra "tirar esse sentimento de vazio no peito e a agonia."
A voltagem, como diria meu pai é 0,5 mas ao invez de tomar 3x ao dia, eu estou tomando 4x.
Porque as vezes de ter o sentimento de dor e vazio aumentaram e logicamente me deixando mais agoniada.

E se eu me viciar nesse remédio? e se chegar ao ponto de não funcionar mais? e se quando ele não funcionar mais, eu ainda não esteja bem? OMFG (to adiantando tudo de novo)

É o anseio de querer ficar bem.
E o medo de que isso nunca passe.

Meu tempo está sendo ocupado com: Idas ao shopping pra gastar, idas ao shopping pra passear, já cortei o cabelo, já fiz progressiva, já fiz limpeza de pele, limpeza de dente, comprei um skate, fui pra praia, tomei banho de mar 2 dias, comprei uma caixa de ferramentas, uma luz negra pro quarto, já vi uns 30 filmes desde que cheguei na praia, bebi cerveja sem álcool, coloquei um piercing no nariz (4 vez já), comprei mil coisas pra desenhar (fiz um rascunho da minha próxima tatuagem), passo horas jogando jogos on line, e horas escrevendo e apagando até postar algo (in)utíl aqui.

E cheguei a conclusão de que eu preciso de uma felicidade surpresa. Que algo estupidamente bom aconteça na minha vida. Que alguém caia do céu e faça.. sei lá.. que me faça (mais) feliz, que me traga novidades, pensamentos diferentes e momentos bons.

Tô pedindo demais né?!
Tem uma pessoa que eu admiro e especial; mas ela ta longe..
Angelina Jolie! Haha!
Claaaro que não né.

Pois é, isso que da ser vespertina, dai pra não ficar falando sozinha feito louca, fico bostejando aqui.
Repararam no humor do início do texto e o humor de agora?
Bemmm coisa de bipolar mesmo.

Um comentário:

  1. A urgência do agora. A vontade de fazer tudo caber numa garrafa, pra poder beber num gole só. E assim acabar o sofrimento. Pelo que você escreve, vejo neste post, algo novo: a vontade de viver. Keep walking, baby! Acho que é isso que o mundo deseja, todos aqueles que te amam, que tu continue.Existem Angelinas espalhadas pelo mundo.Tenha fé.

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